
Candy achava aquilo tudo uma grande festa. Pedia bebidas diabolicamente fortes e muita música eletrônica. Depois de fazer inúmeros gestos obscenos e ameaçar tirar a roupa, foi deitar-se no fundo da cela.
Um apito escandalosamente desnecessário anunciou o, ainda mais desnecessário, retorno do guarda "sobrancelhas". Ele trazia uma caixa rosa berrante com detalhes de gatinhos e borboletas. A caixa tinha tantos mimos que até Alice, a "senhorita mimos", sentiu-se enjoada.
Sem dar importância para Alice, ajoelhada e soluçante, o guarda entregou a caixa para Candy e saiu, apitando novamente.
O diabinho curioso que habitava o interior de Alice a obrigou a correr e descobrir o que escondia a caixa com cheirinho de bebê.
O sorriso mais sincero surgiu no rosto de Candy quando esta deparou-se com as deliciosas bebidas alcoólicas a qual havia sido presenteada. Abriu a primeira garrafa e bebeu no gargalo. A segunda acabou como mágica. Na terceira quase foi impedida por Alice, mas um murro na barriga resolveu o problema. A repórter estava desesperada, não podia ver a sua ídola se acabando daquela maneira. Como uma lutadora de vale-tudo, tentou utilizar o seu peso jogando-se em cima de Candy. Arrependeu-se. Quando o assunto era bebida, Candy era má e violenta. Alice estava tendo os cabelos arrancados pela, não mais tão fofa, ex-integrante da Pop5.
Quando já se imaginava escolhendo um modelo ruivo de peruca, Alice foi salva por milhares de flash's fotográficos. Uma equipe de reportagem estava no local. Enquanto massageava o couro cabeludo, Alice reconheceu a equipe. Era um programa sensaciolista chamado "Bonito, hein", para piorar, era apresentado por Marcia Cândida, mulher insuportavelmente enjoada e... Mãe de Candy.
CONTINUA... "Alice no país do Pop" é um texto de minha autoria que estarei publicando aqui no blog. É um texto registrado em cartório, portanto, pense bem antes de copiar...