Mostrando postagens com marcador Baú de Playmobils. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Baú de Playmobils. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 18 de julho de 2014

UMA FOLHA EM BRANCO

Ah se todos pudessem ter as suas folhas em branco.

Acredito que não bastaria apenas uma folha em branco.

Se eu falasse que mudaria tudo, estaria mentindo, pois a vida é repleta de momentos bons e também ruins. Então o que eu faria? Recortaria os bons momentos da minha vida e faria uma colagem com a folha em branco. Os recortes seriam dos momentos de união da família, das coisas engraçadas e das boas notícias.

Os altos gritos de briga, seriam trocados por altos gritos de histeria e risadas.

A saudade seria substituída pela presença.

E o choro seria, apenas, de emoção.

Ah, se todos pudessem ter as suas folhas em branco...

... Talvez o mundo seria um lugar melhor!


Este "texto", ou melhor, este TEXTO (pois é meu e eu dou a importância que me der na telha), foi escrito quando eu tinha 10 anos, acabei de encontrar... Ao lado dele, várias outras folhas, mas estas estavam em branco...

sábado, 7 de setembro de 2013

O quartel pegou fogo e a culpa foi minha...

Nem pensem que começarei me justificando por ter sumido por tanto tempo, o blog é meu e eu escrevo quando quiser, afinal de contas ninguém me paga por isso, não pagam nem com comentários. Na verdade eu ia apenas fazer uma postagem no Facebook, mas como ela começou a se desenvolver na minha cabeça de uma forma assustadora, eu resolvi transferir todas essas abobrinhas para o blog. Abobrinhas não, história! Esqueçam a bronca, continuo amando vocês <3 font=""> 

Independência ou Morte? Morte!

Bem, hoje é sete de setembro, um dia que não gosto muito. O motivo? Traumas de infância! Eu era uma criança minúscula, tão minúscula a ponto de meus pais usarem lupa pra falar comigo e, como várias outras crianças minúsculas do mundo, ninguém me dava a devida atenção quando fazia minhas reivindicações. E o que uma criança minúscula pode reivindicar? TUDO!


Lista de reivindicações:

1- Não quero que pintem bigodes na na festa junina!
2- Não me comprem roupas de presente, eu quero brinquedo, pô!
3- Também não adianta me dar brinquedo e deixar em cima do armário!
4- No desfile de sete de setembro eu quero ser da MARINHA!
5- Gosto mais da Angélica que da Xuxa!
...  E essa lista de 151 itens vai evoluindo e se proliferando com o tempo como se fossem Pokémons, portanto me controlarei e vou focar APENAS no Independece Day e seus desfiles (não que eu queira falar sobre minha preferência pela Angélica).


Lembro de estar muito feliz quando soube que desfilaria pela primeira vez. Minha turma representaria as Forças Armadas e eu estava em cólicas pra ser um soldado da marinha, isto é, se tivessem me escolhido para representar a marinha. Eram três opções: Exército (clichê), Marinha (Popeye, Pato Donald, farda legal) e Aeronáutica (chapéu estranho) e por mais que eu insistisse, desenhasse e representasse a marinha, a "tia" achou que eu ficaria melhor no exército. Não reclamei na hora, mas no fundo eu desejava que meu coleguinha tivesse uma dor de barriga, caísse ou fosse sequestrado pelos vilões do Jaspion! Fui desfilar por uma rua interminável, minhas botas resolveram que seria bem interessante me castigar e me deram calos horríveis. Não consegui chegar na metade do caminho e desfalquei o trio. Ganhei chinelos novos e a chance de, no ano seguinte, representar novamente o exército. Um ano depois, lá estava eu, com a mesma roupa verde e com a mesma inveja do traje alheio, a diferença é que nesse ano alguém estava vestido de Peter Pan e era um personagem que nasci pra fazer. Tem horas que o mundo é bem cruel e vingativo.

O tempo passou e eu já era um adolescente repleto de inseguranças comuns daquela idade. Na época morava no interior do Paraná e seria o primeiro desfile da cidade e por esse motivo tinha tudo para dar errado. O egocentrismo do Prefeito obrigou o colégio a homenagear o município, por essa razão tivemos um desfile com vacas, cavalos, tratores... Uma amiga minha veio representando as granjas e distribuiu pintinhos para os espectadores. PINTINHOS! Foi, sem dúvidas, o desfile mais engraçado e incrível que já participei na vida! Bem, quanto a mim, eu era o aluno que carregava a faixa do colégio. Achei legal carregar coisas, mas meu desejo era vir no alto de um carro alegórico, entretanto, um colega já estava ocupando essa vaga. Preciso deixar claro que, no Paraná, os desfiles possuem carros alegóricos, como no carnaval, mas sem mulatas peladas, confetes e serpentinas, o que é uma pena, ficaria ainda melhor. No ano seguinte fui promovido a Presidente da República e pude vir no alto de um carro, acenando para os eleitores da classe baixa. Teria sido meu auge, se as pessoas não tivessem mais preocupadas com duas bêbadas malditas que invadiram o evento, brigando, xingando e sendo mais interessantes eu! 

Eu estava no último ano, quando resolvi entrar para a banda. Aprendi a tocar surdo, ensaiei por horas, dias, meses. Era minha chance de brilhar, estava orgulhoso de mim, pois era a primeira vez que havia ido tão longe com um projeto que envolvesse música.  No dia da apresentação tivemos uma convidada especial: A Chuva! Se vacas, cavalos e cachorros podem desfilar, qual o motivo da chuva não ter esse direito? Ela veio e tudo foi transferido para a próxima semana, porém ela resolveu ficar até o final do mês... Como não teria sentido comemorar o sete de setembro em outubro, tudo foi cancelado e eu nunca pude tocar surdo (não devo levar em consideração os 5 minutos antes da chuva, quando a baqueta escorregou na minha mão e se perdeu no meio da multidão. Nunca mais encontrei).

Analisando tudo de uma maneira superficial, podemos concluir que tudo sempre deu errado pelo simples fato de eu sempre desejar estar na posição da outra pessoa e que tudo isso foi um castigo. Como disse isso seria uma forma superficial de analisar toda essa história. Observando tudo de uma forma mais profunda, concluo que eu fiquei muito lindo de farda do exército... A única que já usei na vida. FIM
Tudo isso foi só uma desculpa para postar essa foto cute.

domingo, 18 de novembro de 2012

Velharias

"Traste ou objeto antigo."

Tudo começou com uma vontade repentina. Costumo ter essas vontades repentinas: Vontade de escrever um livro, vontade de aprender a tocar Oboé, vontade de pesquisar sobre o que é um Oboé, vontade de vender tudo o que tenho e fugir para os Estados Unidos e participar do X-Factor e ser julgado pela Britney e Demi Lovato... Enfim, tudo começou com uma vontade repentina de mudar de lugar todas as coisas de meu quarto. Apesar do inexplicável tesão em arrumar gavetas, não sou nenhum fanático em organizar coisas e a preguiça me obriga a dizer que acho a desordem mais interessante, por mais apocalíptica e desesperadora que possa ser.

Era um dia qualquer da semana e eu estava entediado. Não que me faltassem tarefas, porém os dias que fico sem acesso a internet me irritam mais que gordas de tomara-que-caia. Já tinha atualizado alguns capítulos do meu romance; performado algumas músicas como um cantor profissional num clipe repleto de efeitos de fumaça e vento (adoro vento); e assistido a dois filmes antigos... Ainda faltava alguma coisa, pensei em sexo, mas cruzar a ponte Rio Niterói seria uma aventura mais complicada que completar o projeto de arrumar as coisas do meu "tão sem identidade" quarto.

Olhei para a porta, com diversas figuras coladas, um projeto antigo e fracassado, como muitos outros. Fiquei com preguiça dela. Queria mudar, mas não sabia por onde começar. 

Quando já estava desistindo e procurando a nova música que me transformaria em capa da Rolling Stones, meus olhos gigantes se cruzaram com a pequena caixa de isopor. Lá estava ela, velha, feia e com uma grosseira pintura vermelha, fruto de outra vontade repentina a de estilizar tudo que tinha. A emoção foi tão gigante que nem ao menos procurei nada para subir e retirar aquele tesouro de cima do armário. Dei o primeiro salto e não deu outra, agarrei a caixa, ela escapou da minha mão e, em câmera lenta, todo seu conteúdo se virou em cima de mim. 

Toda uma parte da minha vida estava ali. O elenco que dirigi durante anos, agora eram meros aposentados e a caixa era o "Retiro dos Artistas". Batman, Hércules, os Power Rangers, um Super Mario sem cabeça, Xena estava nua, Sailor Moon continuava linda. Alguns bonecos ali eu nem lembrava que ainda guardava. Aquele era O Elenco da velha caixa de Isopor! Foi com eles que passei grande parte da minha infância, criando sagas com trilha sonora, elenco fixo, temporadas e premiações. Talvez sejam eles os responsáveis por uma porcentagem considerável de insanidade que  ainda me habita.

Já estava me sentindo personagem de Toy Story, tratei de pegar os bonecos (com muito cuidado e carinho) e os fechei na caixa. Se ganhassem vida, não sei se ficariam felizes de estarem ali naquela caixa velha, amontoados uns sobre os outros. Consigo imaginar Superman em atrito com um dinossauro que ocupa muito espaço, também vejo Mulher Gato e Hera Venenosa praticando Bullying com a não tão famosa Mulher Aranha. Pensei numa nova série que seria sucesso mundial, contudo resolvi voltar a idade adulta e continuar na arrumação.

Eu precisava mudar o foco. Expulsei o ventilador. Um objeto, velho, branco e alto, também era usado para pendurar a toalha e isso não melhorava em nada sua aparência. Pesquisei em toda casa o lugar mais apropriado para exilar aquele objeto, foi quando me lembrei das noites quentes em que ele me jogava ventinhos abafados. Senti ternura. Não tinha outro lugar pra ele! Quase que lhe dei um abraço patético, mas me limitei a olhar feio para o canto da parede onde seria instalado um ar-condicionado. Descobri que ventiladores são poéticos, ainda mais quando lhe penduramos toalhas.

Fiquei em silêncio. Imóvel. Olhei para o teto, paredes, chão. Reparei em todas as suas velharias e imperfeições e em todas as MINHAS velharias e imperfeições. Com um meio sorriso seguido de um suspiro, atirei-me na cama e dormi.




sábado, 6 de setembro de 2008

O Elenco da velha caixa de Isopor!

"As vezes parece que sou velho demais para algumas coisas, ao mesmo tempo parece que não cresci NADA."

Quando entrei na casa dos 20 achei que nada mudaria, ledo engano, parece que um novo "arquivo maluco" abriu-se em minha mente. Chega uma certa idade em que resolvemos renegar os nossos atos, principalmente quando temos certeza absoluta de que se trata de hábitos de criança, porém uma coisa tão absurdamente louca aconteceu quando entrei nessa "tal casa dos 20", tudo o que antes eu achava infantil e vergonhoso eu passei a admirar!

Tudo o que era antigo, agora tinha ganhado um valor infinito!

O irônico de toda essa maluquice é que larguei a infância um pouco (ou muito) tarde, com 17 nos eu ainda curtia Pokémon, lia gibi brincava com meus Power Rangers quebrados. Quantas histórias criei com eles e com os outros bonecos (Batman, Cavaleiros do Zodíaco, Playmobil, e até brinde do Kinder Ovo), era um elenco completo, mas que sempre tinha espaço para mais um, portanto nunca era um elenco completo. Elenco SIM! Por que tudo aquilo era uma grande Rede de TV onde eu criava aventuras estreladas por eles, com temporadas, trilhas sonoras e, até mesmo, nomes artísticos. Poderia ganhar dinheiro publicando aquelas sagas fantásticas, mas no dia seguinte eu já havia esquecido tudo, e se tentasse escrever antes, ou depois, de brincar não teria a mesma graça.

É claro que quando eu embarcava no mundo dos bonecos de plástico paraguaios eu usava um bilhete único, ou seja, ninguém podia brincar comigo, NINGUÉM DEVERIA SABER QUE EU BRINCAVA. Trancado no meu quarto éramos apenas EU e o elenco da caixa de isopor!

Hoje em dia eu ainda tenho os tenho, na mesma caixa de isopor (velha, quebradiça e uma vergonha de feia), mas não brinco mais, acho que não tenho mias a mesma paciência de antes. Posso dizer que os Astros do 1,99 estão curtindo a aposentadoria merecida.

Atualmente prefiro voltar ao passado assistindo vídeos (agradeço a existência do Youtube) de velhos programas infantis, como Carrossel, Cavaleiros do Zodíaco ou Blossom. Fico pensando se os humanos de amanhã (crianças hoje), terão alguma coisa pra sentirem-se nostálgicos... Mas acho que os mais velhos pensavam a mesma coisa da minha geração, isso quer dizer que daqui uns anos o "velho Diego Hag", pode estar lendo um Blog Super nova geração, do seu... Seu... Neto...

ISSO É ASSUSTADOR!!!!

Minhas viagens no mundo da Nostalgia não terminam aqui, aguardem...