quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
TEMPESTADE VEM
Lei de Murphy: O criador dessa lei foi o capitão da Força Aérea americana, Edward Murphy, e também foi a primeira vítima conhecida de sua própria lei. A Lei de Murphy tira vantagem da nossa tendência de enfatizar o negativo e não perceber o que é positivo. Ela se baseia nas leis da probabilidade - a possibilidade matemática de que algo vai acontecer.
Eu deveria estar escrevendo mais um capítulo sobre as confusões de Alice, mas andei me frustrando com o desenrolar dos acontecimentos. O fato é que com a popularidade (nome de um livro que estou escrevendo há mais de uma década) das Redes Sociais, os blogs andam acumulando poeira – poeira de leitores e poeira de bloggers. Minha preguiça em divulgar e ler outras publicações também não me ajuda muito. Tenho vários capítulos escritos, sei o que acontecerá no final, mas o tesão não está comparecendo, portanto deixo ela guardadinha na gaveta da saudade... Por enquanto.
Gosto muito de escrever sobre desventuras, talvez isso seja consequência de uma tal Lei de Murphy, tão colada a mim que desconfio ser minha irmã gêmea siamesa. Desde que conheci essa maldita lei, vi minha vida mudar. Buracos surgiam no meio das ruas; assaltantes ninjas roubavam meus pertences; cachorros famintos mordiam meu traseiro... E o que eu fazia para me defender? Apenas tirava proveito de tudo... Escrevendo, é claro!
Estava um dia maravilhoso, o sol na medida certa e os passarinhos tiveram o bom senso de não cantarem em minha janela. Se eu não tivesse acordado atrasado e por culpa de um pesadelo envolvendo zumbis aquáticos, até poderia declarar que seria um dia perfeito.
Vesti minha bermuda branca, minha melhor camisa, meu tênis vintage, me vi lindo e pronto para sair de casa e correr para reunião do teatro. Estava com a ideia ilusória que naquele dia talvez tivesse êxito ao trabalhar o meu lado social. Aliás, nunca estive tão anti-social como nos últimos tempos. A pressa e Murphy, mais uma vez ele, me fizeram sentir fome. A fome e Murphy me fizeram querer beber achocolatado. A pressa, a fome, a falta de atenção e Murphy me fizeram derramar o achocolatado na bermuda branca e assim tive que mudar todo o figurino. Ao colocar o pé na rua, minha figura já não era linda, nem alegre, nem nada que valesse uma música de bossa nova.
O trajeto até o ensaio só serviu para provar que zumbis aquáticos quem sabe até fossem gente boa. O céu começava a ficar escuro e o relógio a me dar sinais de que estava atrasado.
Quando cheguei à estação de ônibus, quebrei uma promessa. Costumo defender a ideia de que nunca, em hipótese alguma, correria para pegar qualquer tipo de meio de transporte. Minha reputação já estava morta, enterrada e recebendo flores. A luta foi tão grande para entrar no veículo, que nem percebi que não estava fazendo a coisa certa. Existem três tipos de linhas de ônibus. A primeira é a linha do tipo PARADOR, ela vai parando em todas as estações. Depois, linha do tipo EXPRESSO, para em algumas e ignora outras. Para finalizar tem as linhas DIRETAS, essa não para em nenhuma estação e é perfeita para quem precisa ir de uma extremidade à outra. Bem, eu só precisava descer na estação seguinte, mas como Murphy estava ali dando beliscões em minhas nádegas, obviamente eu tinha entrado na linha DIRETA.
Quando me dei conta da burrada cometida, passei pelo habitual hiato de três segundos antes de perceber que deveria estar me sentindo desesperado. Gargalhei internamente, de verdade, pela situação em que me encontrava. Olhei para o relógio, já estava uma hora atrasado e desejava que algum tipo de acidente pudesse me tirar de dentro daquele ônibus, contudo algo que não piorasse mais o meu visual.
Continuei pensando na melhor maneira de lidar com aquela situação. A melhor maneira de lidar com aquela situação seria me matar, mas a segunda melhor maneira era tentar me distrair com música, nesse instante comecei a apimentar a minha vida ouvindo Spice Girls, pois elas sempre conseguiram me deixar feliz.
Eu poderia ter me sentido muito animado ao descer do ônibus, e, de certo modo, até faria sentido, afinal de contas passei por quarenta e três estações rodoviárias – sendo que vinte e duas delas de forma desnecessária -, mas meu atraso já tinha contabilizado duas horas e uma chuva assustadora tornava tudo mais difícil. Quase chorei ao chegar à rua e encontrá-la alagada. Um rio repleto de doenças me separava de meu destino. Agradeci por não ter saído com a bermuda branca e o tênis vintage, porém isso não trazia luz ao meu dia de trevas... O mesmo não posso dizer da motocicleta que parou ao meu lado. Era um senhor de aparentemente quarenta e três anos (escolhi esse número para combinar com as malditas estações), ele me ofereceu ajuda para passar pela água. Lá estava eu na garupa de um desconhecido de aparentemente quarenta e três anos.
Mas, de qualquer modo, toda essa sequência de desventuras talvez servisse como trampolim para longas e divertidas conversas que poderia ter com o resto do elenco, uma vez que rir das desgraças da vida é algo maravilhoso. Não demoraria muito para trocarmos experiências, combinarmos saídas para eventos, firmarmos uma amizade verdadeira a ponto de criarmos vínculos fraternais...
Bem, quando cheguei à reunião, não aconteceu nada disso comigo e com o resto do elenco. Continuei destacado dos demais, tentando me infiltrar entre um assunto e outro. Na verdade a reunião já tinha terminado e eu estava muito sem graça por ter me atrasado tanto.
Não lembro ao certo com a história terminou. Talvez eu apenas tenha tirado proveito de minha invisibilidade para relaxar num canto qualquer. As Spice Girls cantando Viva Forever deixava tudo mais irônico e cretino. Tão irônico e cretino como eu. Por fim, fechei os olhos e voltei a gargalhar internamente, pois é isso o que sempre faço para fugir dos problemas. Sou o tipo de pessoa que vê a vida de uma forma crítica e cretina... Que ri de si mesmo, quando na verdade é pra chorar.
quinta-feira, 24 de julho de 2014
NO PARANÁ...
Lá no Paraná eu tinha um carrinho de rolimã, mas a roda era de madeira. Eu descia a rua com ele, mas depois não tinha forças para levar ele pra casa...
Lá no Paraná eu era a única pessoa da igreja que tinha televisão em casa e praticavam bullying contra mim... Certa vez, quando resolvemos sair em viagem, contratamos um "irmão da igreja" para cuidar de nossa casa. Ele queimou nossa TV de tanto que assistia!
Teve uma vez no Paraná, que teve um evento no colégio e eu cantei uma música de Sandy e Junior e a música falava sobre menino de rua e eu tava vestido como um.
Quando eu estudava no Paraná, minha mochila quase batia no chão, eu era muito pequeno e meu apelido era prego. Também me chamavam de Galinha, pois eu sentava em cima de meus pés, sempre colocavam bolinhas de papel embaixo de minha cadeira.
No Paraná eu tive uma professora que batia em aluno, uma vez ela puxou meu cabelo.
Uma vez no Paraná uma velha bruxa me acusou de entrar na casa dela e roubar 10 garrafas. Ela quase levou uma surra da minha avó.
Quando eu morava no Paraná eu tinha dois cachorros, duas maritacas, uma ratinha, um papagaio e dois gatos, sendo que um tinha o rabo torno e chamava ferrugem, mas minha avó só chamava ele de Yuiu, pois ela não sabia falar, mesmo ela tendo batizado o gato.
Uma vez no Paraná eu subi no telhado para ver uma rachadura, só que a telha não aguentou e eu quase caí no meio da minha cozinha. Passei a semana inteira indo ao colégio pulando num pé só, quebrei o dedo e nem sabia.
Cara, uma vez no colégio, lá no Paraná... Meu grupo passou a semana inteira fazendo uma maquete linda, aí no dia de entregar, ninguém deu atenção a nossa obra de arte.
Eu fiz uma garota desmaiar durante uma feira de ciências, fui mostrar fotos de doenças sexualmente transmissíveis e ela caiu... Isso foi lá no Paraná.
Lá no Paraná eu morava num município tão pequeno, eu era a única criança que tinha uma bicicleta pequena que tinha marcha.
Um dia voltarei no Paraná para me vingar de todos que roubavam minhas canetas no colégio. Mas eu também roubava algumas, então eles devem querer se vingar. Vou ficar por aqui.
Saudades do Paraná...
sexta-feira, 18 de julho de 2014
UMA FOLHA EM BRANCO
Este "texto", ou melhor, este TEXTO (pois é meu e eu dou a importância que me der na telha), foi escrito quando eu tinha 10 anos, acabei de encontrar... Ao lado dele, várias outras folhas, mas estas estavam em branco...
domingo, 2 de fevereiro de 2014
O PRÓLOGO

sábado, 7 de setembro de 2013
O quartel pegou fogo e a culpa foi minha...
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Independência ou Morte? Morte! |
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Tudo isso foi só uma desculpa para postar essa foto cute. |
quarta-feira, 24 de abril de 2013
QUEBRA-CABEÇAS
terça-feira, 16 de abril de 2013
Alguém aperta o START?
domingo, 27 de janeiro de 2013
Sou eu? Não! É você? Não! Então quem é? É NÓS DO ASFALTO
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Primeiro Elenco de "O Menino Pinóquio e a Cidade Perdida" |
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Virando Água Corredeira Abaixo

sábado, 1 de dezembro de 2012
Era uma Vez no Paraná...
Este post está repleto de links para maior (ou não) diversão e entendimento.
Hoje é dia de desembrulhar aquele chiclete velho que tava no fundo da gaveta. Vou inaugurar aqui uma sessão que será um sucesso tão grande e mágico que logo a MTV irá produzir uma série estrelada por Marcelo Adnet... Poderá também se tornar mais esquecível que a carreira musical de Théo Becker (Vocês lembram? Nem eu!)
Bem é inegável que tudo isso está ligado a uma certa tendência egocêntrica, gosto de falar de mim, afinal sou o dono disso tudo aqui! O fato é que inúmeras vezes, com amigos de todos os círculos, quadrados e, agora, triângulos, vivo a narrar minhas loucas e animadas desventuras de quando era uma criança feia de pé vermelho e vivia no Paraná.
Então, como no antigo programa da Xuxa, joguei as cartinhas par ao alto e foi sorteada uma viagem pra Disney "Uoldi", mentira, foi sorteado um tema de inauguração e hoje falarei de Fabiana.
Fabiana tem a minha idade e foi uma das minhas melhores amigas de infância, ou seja, nutri por ela uma paixão platônica enlouquecedora. Éramos duas crianças estranhas com roupas cafonas. Eu era nanico, "zóiudo" e me vestia como um Chiquitito; ela era amarela, testuda e usava um vestido listrado preto e amarelo que eu abominava. Nunca namoramos.
Ela era a mais velha de dois irmãos, sua família também era evangélica e a proibia de brincar com meninos (RISOS), a ponto de uma vez seu pai aparecer em minha casa ordenando que minha avó colocasse um fim em nossa amizade. Minha avó, além de gargalhar na cara dele, também ordenou que "ele prendesse suas cabritas, uma vez que seu bode estava solto". O Bode era eu...
O mais divertido dessa parceria é que crescemos numa doutrina rígida de uma religião (onde eu era o único, em toda cidade, que tinha TV em casa. Isso era imperdoável... Mesmo que todos os "irmãozinhos" ocupassem meu sofá pra ver desenhos diariamente) éramos vistos como rebeldes. Todos os outros de nossa idade já tinham se batizado e, como eles costumam hipocritamente dizer, saído do mundo (Assim é chamado o território fora das regras evangélicas).
Anos antes do surgimento de Geisy Arruda, minha amiga já havia sido hostilizada, quando, num passeio religioso, apareceu usando um vestido que era um palmo acima do joelho, um escândalo para a sociedade. O dia em que surgiu trajando calça vermelha e cabelo escovado conseguiu ser mais apoteótico que o retorno de Paola Bracho em "A Usurpadora", merecia uma trilha sonora.
Mas... Aquelas crianças jogaram-se na Lagoa Azul, cresceram e cada um seguiu seu próprio caminho, no entanto, conscientemente sabemos que ainda vamos nos reencontrar e rir... Mesmo tendo certeza que o passado não volta e a magia não será a mesma... Como numa reprise de Maria do Bairro.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Trânsito
As poucas pessoas, que ocupavam aquela limpíssima rua, eram lindas, não tão lindas para não mexer com minha autoestima. O clima era confortável e o ar tinha o cheiro que eu decidisse, nesse caso: Chocolate! Ah, a felicidade dos dias perfeitos!
Acordei com algo queimando o lado direito de meu rosto, justamente o lado mais fotogênico. Fazia um calor de incontáveis graus e tinha sido péssima a ideia de usar a janela do ônibus como travesseiro. A pessoa ao meu lado não era a mesma de dez minutos atrás, da mesma forma que a de dez minutos atrás não era a mesma de antes, ou seja, todo mundo conseguia chegar a seu destino... Menos eu, é claro!
Porque tanto semáforo? E essa quantidade absurda de veículos? Deus, porque o trânsito nunca está do meu lado? Estamos em 2012 e Spielberg mentiu pra mim, não existem carros voadores!
Cheguei a uma triste, porém verdadeira conclusão: É um ledo engano achar que sair de casa com uma hora de antecedência lhe fará chegar mais cedo. Quando você sai com uma hora de antecedência, você só ganha o amargo brinde de ficar mais uma hora no trânsito.Seja blitz, Lei Seca ou até mesmo o acidente envolvendo a kombi das freirinhas da Tijuca, não importa... VOCÊ NÃO CHEGARÁ MAIS CEDO!
Troco olhares com o relógio. Ele está certo, eu atrasado. Decido ficar olhando sem parar, quem sabe o tempo poderia passar mais lentamente. Hipnotizado, caio no sono.
Lá vou eu, de patins mágicos, deslizando por uma rua linda. Sigo comendo algodão doce e acenando para coelhos simpáticos. A trilha sonora é indie, com uma letra sem sentido e melodia que te deixa feliz. Amo música indie!
A canção é interrompida por guitarras furiosas e demoníacas. Acordei, estou atrasado e no ponto final... Ainda sonolento, atendo o celular, prometendo mudar aquela música assim que encerrasse a ligação. Do outro lado da linha tem alguém possuído ameaçando arrancar minha cabeça e servi-la com pão integral e refrigerante light, SOCORRO!
É claro que não sabia onde estava. Óbvio que ninguém saberia me dar nenhuma informação relevante, mas uma certeza eu tinha: Precisava de um ônibus...
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Representando: EU!
Após o primeiro crime imaginário, ao lamber os lábios, sinto o gosto agridoce do mal hálito, resultado de mais uma noite de muito vinho barato e pouca higiene bucal. Dane-se!
Alguém me encara, tem olhos grandes e lunáticos, olheiras tão profundas que pareciam fabricadas. Tem seu charme, tem também o rosto retalhado por insistentes fios de uma barba grossa, uma gordurinha inflando a cintura e o cabelo desregrado. Após jogar o último grão de areia na sepultura de minha autoestima, saí de frente do espelho. Ainda me acho lindo, problema de quem pensa o contrário, nesse caso, o problema é meu!
O tempo gasto no banho é o suficiente para decidir qual roupa vestir, por mais excêntrico que seja, o chuveiro me deixa criativo, seria capaz de escrever um livro de sucesso chamado "Quando Lavo o Umbigo".
É desanimador o terror que sinto em ter que sair e encarar o mundo e as mais absurdas e desnecessárias pessoas que nele habitam. Gosto pouco de pessoas, acho que tenho medo delas. O convívio social nunca foi meu forte, nem me interesso muito. Egocentrismo combinado com insegurança. Nunca por timidez. Acho cômico ser rotulado como tímido! Mentira, tenho ódio! Dane-se, pela segunda vez.
Como castigo por mentalmente me divertir explodindo o próximo, sou obrigado a conviver todo o caminho, em direção ao trabalho, com um estranho falante no ônibus. Qualquer chance que teria de terminar a leitura de um livro será abortada pela insistente mania que desconhecidos tem de querer interagir comigo! Com sorte, talvez ele se engasgasse com a pipoca e morreria em direção ao hospital... Sei que não devo desejar o mal e que todos somos irmãos, mas além de falar cuspindo, o cidadão usava uma daquelas calças "descoladas" repletas de bolsos, zíperes, estampas e todo tipo de cafonice... Isso eu não tolero!
Talvez um dia eu consiga dominar a arte de acordar feliz, cantando e seguir a vida por uma estrada de tijolos amarelos, mas enquanto isso não acontece eu me contento em usar meu fone de ouvido (que só funciona de um lado) e tentar ser falsamente feliz, mesmo porque, o dia só está começando...
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
O INICIO, O MEIO E O ENFIM...

Um mundo se abriu. Era como se por toda minha vida, tivesse enxergado através de um único olho tonto. Era como se um novo, e subversivo, neurônio tivesse estourado como uma pipoca, me mostrando... O novo!
Aquilo não era o País das Maravilhas, não tinha chá com lebres e chapeleiros loucos, no máximo um café de gosto duvidoso. Estava mais para Terra do Nunca, repleta de artistas decadentes, mas nostálgicos, doces coloridos de todos os tipos e música infantil.
O coelho continuava a correr, no entanto, agora era em minha direção. Não sabia o que fazer, que atitude tomar. Não esperava por isso. Talvez por medo ou receio, fugi...
Me vi correndo, abobalhado, arrependido, por uma estrada de tijolos amarelos. Criando coragem, enquanto o coração substituía o cérebro. Continuei a correr em busca do coelho, contudo, agora eu é que chegara atrasado. Uma princesa, exalando juventude, o havia capturado e agora viviam felizes numa casa feita de doces onde dançavam, felizes, durante todo fim de tarde.
Queria voltar pra casa, aquele mundo não fazia mais sentido, mas o portal havia se fechado.
Resolvi explorar aquele novo mundo. No primeiro dia conheci três novos lugares e descansei. Toda felicidade que encontrei era ilusória. No segundo dia, mais três lugares, o desespero e a saudade cresciam...
Foi numa dessas grandes viagens que encontrei um gênio da lâmpada. Estava feliz, pois finalmente tudo voltaria ao "normal". Seus poderes cósmicos eram tão fenomenais que me confundiam. No lugar dos três habituais desejos, o intrigante gênio, trazia um desafio, um segredo e uma solução.
O desafio era descobrir seu grande e problemático segredo, conseguindo isso teria a grande solução para meus dilemas do novo mundo.
No raiar do dia, ao me deparar com travesseiros e cobertores de um quarto sem magia alguma, me dei conta que o real e a fantasia nada mais são que espelhos retorcidos, onde cada um pode ter sua própria visão e que o País das Maravilhas, a Terra do Nunca ou até mesmo o Mundo de Oz, existem dentro de cada um de nós... Basta explorá-lo...
Fim!
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
CONCLUSÕES... OU NÃO...
De um lado, havia uma arquibancada, toda decorada em branco e azul celestial. Milhares de anjos tocavam harpa, ao mesmo tempo em que me aconselhavam a sair da relação. Eles eram angelicais como Justin Bieber, usavam roupas hippie e ouviam Mallu Magalhães. Os anjos insistiam que não valia a pena amar uma pessoa que também ama outro. Para os anjos, o único triângulo interessante era o "triângulo das Bermudas", mas nunca entendi o que diziam com isso. Os anjos, praticamente, me obrigavam a puxar o fio azul, para desarmar a bomba e seguir adiante, afinal, porque se importar com sentimentos errados? A figura da alma gêmea não era mais tão gêmea assim, pelo contrário, a cada dia se mostrava mais oposta quanto Lady GaGa e Sandy.
Do outro lado, fazendo gestos obscenos, roqueiros, devassos, estavam os diabinhos capricórnianos. Animados, lembravam muito a cantora P!nk, mas berravam como Alanis Morissete. Os diabinhos, depois de espancar os anjos, me induziam a deixar a bomba explodir. Curtir, lutar, sofrer... "Ah, o sofrimento vai te deixar mais forte, seu covardão narigudo", disse um deles, escarrando verdades em minha cara.
Conselho: Nunca dê ouvidos a anjos, eles são assexuados e nada entendem de amor. Ou melhor, siga os conselhos dos anjos e se arrependa em seguida...
Triângulo é uma infeliz forma geométrica formada por três ângulos, às vezes iguais, outras não... Fechei os olhos, contei até dezenove e... Desfiz o triângulo, ou pior, parti para uma carreira solo. O problema das carreiras solo é que, quando o individuo abandona uma boyband, fica fadado ao fracasso.
Obrigado anjos... Obrigado mesmo...
sábado, 18 de setembro de 2010
PONTO DE INTERROGAÇÃO?
"Eu"
Fui para a cama, que mais parecia um ninho de mafagafos. Edredon enrolado no lençol, colcha amassada e travesseiro numa posição que faria meu pescoço doer por semanas.
Deitei, e, obviamente, não dormi. Experimentei todos lados da cama antes de apagar.
Estava eu subindo as escadas de um prédio, hora sozinho, hora acompanhado. Pessoas iam e vinham. Alguém, importante do presente, me acompanhava. Alguém, importante do passado, também. JUNTOS.
Dois amores diferentes, tão confusos quanto filme alemão sem legendas.
Como se já não bastasse o drama mexicano da vida real, agora era assombrado, em sonhos, pelo fantasma do passado... (Esquecido, diga-se de passagem)
Depois de tantos subir e descer pelo prédio, eu tinha que decidir entre os dois amores...
Acordei!
Me lembrei que alguém passava pela mesma situação desse meu "sonho de uma noite de solidão". Tive que me punir por ser tão compreensivo!
Para um libriano, tomar decisões é tão complicado quanto entender o seriado Lost. No meu caso, tenho certeza de que Lost é simples como ler um gibi da Turma da Mônica! Precisava tomar uma importante decisão, ou melhor, já sabia o que decidir, mas tinha um forte oponente em meu caminho. O coração! (frase brega, troféu Thalia para mim...)
Ultimamente gostaria que esse órgão tão pulsante, deixasse de ter tanta personalidade, quem sabe poderia ser substituído pelo pâncreas, talvez...
Uma relação a três, uma tri-relação, não sou tão fã de Jorge Amado.
Lutar para ser feliz ou colocar um ponto final? Quem sabe uma terceira opção? Não! Nada que tenha relação com este ordinário, secundário número ímpar!
CONTINUA?
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
RETICÊNCIAS...
Foi quando terminei a relação de três anos, que tomei a importante decisão: Chega de amor! Ok, pensamento bizarro, mesmo porque nada mais era que uma mentira recalcada. Eu ainda a amava, talvez até mais do que antes. Foram inúmeras as tentativas de retorno, mas tudo foi em vão. O amor próprio havia tirado umas férias e pela demora do retorno devia estar no Japão, feliz, comendo comida em barquinhos, acompanhado pelo Ultraman e Hi Hi Puff Amy Yumi. O meu Maravilhoso Mundo Mágico havia fechado as suas portas, era o fim da temporada. O Seriado havia sido cancelado! FIM.
Fim? Nesse caso sim...
Prometi que não ia mais me apaixonar! Repetia esse mantra diariamente, com os cabelos para o alto, de frente ao espelho do banheiro! Era o que pedia quando assoprava as velinhas de aniversário ou quando pulava as sete ondas na noite de Ano Novo... Tá, mentira, nunca pedi nada ao soprar velhinhas, e jamais entraria no mar no Ano Novo, não com aquela quantidade berrante de oferendas... Enfim...
O fato é que fui contra todas as ideologias anti-cupido e acabei me apaixonando novamente! Não demorou muito e eu, "bregamente", já suspirava com temas romanticos. Tudo tão diferente e absurdo, sentia borboletas malucas fazendo o moonwalk em meu estômago... ISSO NÃO PODIA ACONTECER, mas aconteceu... Numa festa PLOC, ao som de Sérgio Mallandro, eyah eyah... Oh God!
Eu não queria! Não queria mesmo! @naoqueria! http://naoqueriamesmo.com.br!
Precisei de muita força e coragem para iniciar aquela nova, e deliciosa, fase. Era tudo tão diferente e desafiador, que me sentia um rebelde, punk, judeu, lutando contra Hittler (isso existe?) O amor ainda estava tímido, ou apenas fazia tipo, mas a paixão queimava de criar bolhas ardentes. Enquanto Diego Hag viajava em seus devaneios "Haguianos", ela me achava cada vez mais confuso...
Nesta confusão um novo, e intruso, protagonista entrou na história... O trio estava formado, e a música podia começar. Não podia não!
Quando eu já pensava em fazer uma flopada carreira solo, resolvi metralhar o terceiro integrante, defender a permanencia da dupla e entrar para o TOP 10 da MTV! Ao som de "We Are the Champions", fiz um juramento a bandeira, borrifei perfume da Avon pela casa e saí gritando "ohaohaohsoah"... Essa última parte é exagero, mas seria interessante ter acontecido... Como tantas outras coisas poderiam continuar acontecendo...
sábado, 4 de julho de 2009
Um dia dinâmico!
sexta-feira, 26 de junho de 2009
EU NÃO MORRI!!!
Tudo começou quando decidi que, enfim, terminaria de escrever o livro, tirar meu DRT (registro de ator) e completar todas as inúmeras pendências em minha vida. Bem, já fazia um tempo em que eu esperava ancioso uma ligação importante e eis que ela surge e minhas pendências acabaram voltando para o final obscuro da maldita fila.
Eu gosto muito do meu trabalho, e estava assustado com a possibilidade dele acabar. As conversas nos corredores daquela empresa só faziam meu cabelo ficar ainda mais arrepiado. Haveria um rompimento de contrato e isso não era legal.
Aquele tinha sido o meu primeiro emprego de carteira assinada, minha primeira intrevista de emprego e eu tinha sido aceito (mesmo tendo ficado um mês na fila de espera). Agora parecia que tudo ia acabar... Os boatos... O rompimento... Quem ficasse seria transferido para outro setor e aquilo não me interessava nem um pouco... A possibilidade, de continuar prestando o mesmo tipo de serviço, existia. Inclusive uns já passavam pelo processo seletivo... Eu continuava na mesma... Até que...
É claro que não! Não seria tão fácil. Não obtive resposta. As semanas se passavam. Tudo estava acabando. o cabelo arrepiava ainda mais. As olheiras surgiam, ou melhor, apenas ficavam mais evidentes. Mas eu continuava confiante!
As forças foram se acabando, o desespero crescendo. Decidi esquecer tudo, colocar minhas pendências em dia. Ia terminar meu livro, obter meu DRT, atualizar o blog e até criar uma página no twitter... Meu telefone tocou!
Tudo ia mudar drásticamente.
sábado, 27 de setembro de 2008
Nados Ornamentais Num Cofre Com Moedas de Ouro

Vou ficar MILIONÁRIO! Não, eu não joguei na loteria ou, muito menos, me transformei no herdeiro de fortuna infinita! Mas sei que vou ficar MILIONÁRIO e agradeço por isso. OBRIGADO!
Por falar em plástica mal sucedida, meu tio, que é meu patrão (mais patrão do que tio) já fez algumas plásticas faciais, eu não vi nenhuma mudança positiva, mas acredito que a grande mudança deve ter sido em sua conta bancária, só não sei se foram mudanças positivas. Ele tem uma casa de show e é lá que eu “trabalho” (?), é lá, também, que a minha felicidade diminui em alguns níveis. Já pensei em sair de lá, mas até agora, Plunct Plact Zum, não fui a lugar nenhum! Tenho total certeza de que sou extremamente superior, e não é egocentrismo, para ficar atrás daquele balcão perguntando se é pra botar limão no copo de conhaque, mas por outro lado, algo me diz que:
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
A Validade está ao lado do Rótulo!

Uma das coisas que mais me irritam são RÓTULOS! Quando eu digo RÓTULOS não estou falando do rótulo da maionese, muito menos do pacote de biscoito! Eu me refiro aos infames rótulos que seres-humanos, que nada mais têm a fazer, gostam de atribuir uns aos outros!
Se você usa dread no cabelo vai ser chamado de Hippie. Se é loira, gosta de grife, cor-de-rosa, cachorro em miniatura e falar ao celular num Shopping Center, você é uma Paty sebosa e fútil; Se você prefere usar bermuda florida, camisa listrada, bota de couro, óculos escuros, ombreira e um colar com a arcada dentária de sua tia-avó Sofia, você é... Você é um ridículo!
Não dá pra negar que o visual, para algumas pessoas, serve como uma identidade. Pessoas com personalidade própria vestem-se de acordo com a esta personalidade!
ESSE É O MEU CASO!
Eu tenho um estilo muito próprio! Gosto de roupa preta, gosto de usar All Star, gosto de cinto com Spike por essa razão ganho o rótulo de roqueiro. Bem, eu escuto rock, pra falar a verdade é o meu tipo de som! Mas não sou um produto pra ganhar rótulo!
Como se já não bastasse os rótulos das pessoas que não curtem (leia, amantes de funk, pagode, axé, que acham que rock é apenas uma gritaria sem importância ou satânica), ainda existem os rótulos no meio da galera que curte Rock (sim, porque se eu os mencionasse como "roqueiros" também estaria colando um rótulo na testa de cada um).
Os Rótulos:Quando comecei a andar com a galera: Baby Metal!
Quando disse que curtia o som da Pitty eu virei: Modinha!
Quando descobri que o Green Day era uma banda fantástica e com letras idem: Punk de botique!
E quando cortei a franja, adivinhem: Emo!
Bem, a opinião dos outros dificilmente interfere na minha vida!
Outro dia eu procurava um dvd nas lojas americanas, quando notei que um grupinho falava de mim! Bem, como eu estava ouvindo música no último volume e, considerando que a música era mais interessante que os comentários do grupinho, continuei na busca. Porém, num certo momento eu não aguentei e tirei um dos phones do ouvido (isso me irrita um pouco, essa coisa de ouvir música só por um lado) e acabei escutando parte do comentário:
- Usa all star e acha que é roqueiro...
Mas a música estava tão boa que eu recoloquei o phone e preferi voltar a minha atenção para Janis Joplin, trepada numa moto com seus óculos redondos, roupa esquisita e cara de pirada, num cd daquela grande estante.
Não vou negar que depois eu pensei em voltar e detonar o "indivíduo" que me confrontava, mas hoje em dia eu vejo que tudo isso é uma tremenda bobagem. O irônico é que naquele momento eu estava ouvindo uma música das Spice Girls!
Você não é o que você veste! Você não é o que você escuta! Você é o que você é! O que a sua mente ordena que você seja!
Então eu posso andar de preto e ouvir música sertaneja (tá isso não acontece), posso usar roupa de cowboy e me acabar no Heavy Metal (que bizarro), que isso não vai mudar o que eu sou!
Eu sou meu próprio Rótulo!
Deixando mais um rótulo pra terminar!