terça-feira, 20 de outubro de 2009

CAP 11 – A Não Tão Doce Candy (Alice no país do Pop®)




Quando Alice reconheceu a garota, não pensou duas vezes, agarrou Candy e lhe pediu um autógrafo. A rebelde de orelhas de coelho, respondeu que autografaria a cara dela com um murro certeiro, se esta não a deixasse em paz. Ainda animada, Alice ofereceu-lhe o lado esquerdo, que era o que melhor fotografava. Candy caiu no choro, começou a odiar, ainda mais, a sua vida. Logo toda a carcaça de garota malvada havia sumido e Candy voltava a lembrar a figura doce e Angelical que deixava o mundo mais cor-de-rosa. Alice abraçou a garota, oferecendo o ombro e um lencinho perfumado. Também estava inundada em lágrimas. Distraída, não viu quando Candy afanou sua bolsa.

UM POUCO DE CANDY POP:

Candy era a filha dos sonhos de qualquer mamãe. Sua estrela começou a brilhar desde a hora em que nasceu, rosada e feliz. Ganhadora de vários prêmios de bebê mais bonito, bebê mais fofo, bebê com a gengiva mais feliz e quaisquer outras derivações, todos administrados, é claro, pela sua orgulhosa mãe, uma ex-pedagoga com fixação doentia por terninhos rosados e chapéus gigantescos.

Candy cresceu com o estrelato ainda mais programado que as lágrimas que a mãe enxugava ao ver a filha ganhar mais um concurso. Freqüentadora assídua dos auditórios de programas dominicais, a mãe não perdeu a chance de inscrever a filha no concurso onde formariam uma nova banda pop. Assim surgiu Candy Pop!

Sua figura não podia ser mais angelical. Olhos claros, cabelos loiros, sorriso de anjo. Para completar usava acessórios infantis como as grandes orelhas de coelho felpudo, as luvinhas de gata cor de rosa ou as asas de borboleta brilhante.

Era o retrato da adolescente perfeita, exemplo para milhares de outras garotas virgens do mundo, que imitavam suas roupas, maquiagem e postura. O primeiro beijo de Candy foi televisionado como um grande evento de porte nacional. A mãe é claro, foi às lágrimas e faturou milhões.

Com o rompimento da banda, e o alcance na maioridade, Candy encontrou, enfim, a liberdade e a libertinagem que tanto sonhou e, assim, pirou completamente. Festas eram constantes em sua vida. Noitadas repletas de escândalos e drogas pesadas já haviam virado rotina. Numa dessas, sumiu por semanas, sendo encontrada num boteco, vestida de coelhinha e sem o dente da frente.

Quando parecia ter se recuperado, teve uma séria crise, raspou a cabeça da mãe e tentou matá-la com uma furadeira elétrica. Acabou presa, uma, duas, cinco vezes. A mãe escreveu um livro e hoje apresenta um programa vespertino e sensacionalista.

MUITOS ANOS ATRÁS. EM OUTRO LUGAR:

A pequena Alice estava em seu colorido quarto, treinava beijos com a mão. A camisa rosa chiclete não combinava com a saia verde catarro, as pantufas, com coelhos caolhos, não melhoravam o visual. No rádio tocava o maior sucesso da Pop5: “Nada vai nos separar”, ironicamente, ao final da canção, a banda anunciava seu fim.

Era o fim do mundo! Alice largou a mão e saiu do quarto em disparada, batendo a porta. Tropeçou no primeiro degrau da escada e se estabacou no chão da sala. Sua mãe não percebeu os gemidos da filha, estava preocupada demais com a reprise de “Ghost”.

Sua perna roliça doía, o rosto estava arranhado, lágrimas saíam d seus grandes olhos. Precisava de atenção, chocolate e um curativo.

Parou na frente da TV onde chorou enlouquecida e soluçante. Com um palavrão impronunciável, foi expulsa da sala pela mãe, que segundos depois, alheia e apaixonada, cantarolava o tema do filme.

Alice voltou para o quarto, indignada. O rádio continuava com informações sobre o fim da banda. Com voz de gansa velha, a mãe de Candy falava sobre o sucesso que a filha faria na carreira solo e também aproveitava a oportunidade para promover a gravadora que estava abrindo.

Furiosa com as péssimas mães presentes no mundo, Alice tomou duas importantes decisões: Ia reunir a Pop5 e jamais seria mãe!

Como dizia a antiga propaganda: “O tempo passa, o tempo voa...” e Alice jamais imaginaria que um dia estaria dividindo a cela com aquela que já tinha estampado vários de seus cadernos, agendas, bloquinhos e etc. Alice jamais imaginaria que um dia estaria numa cela de prisão. Mesmo que achasse estranho, sentia-se feliz.

CONTINUA...

"Alice no país do Pop" é um texto de minha autoria que estarei publicando aqui no blog. É um texto registrado em cartório, portanto, pense bem antes de copiar...

5 comentários:

  1. Candy é cativante ^^ E não sei por que, mas essa mãe me lembra o pai da Beyoncé...

    ResponderExcluir
  2. A mãe é uma mistura da Mãe da Britney com o pai do Michael Jackson!

    Acompanhe os outros capítulos, que entenderá a história...

    ResponderExcluir
  3. Ela era loira? jurava q na foto o cabelo ta preto..kkkkkk

    Aiiii eu amo amo amo amo Alice... de tds as decisões a de naum ser mãe e a mais inteligente..hasuahs

    ps: mtoo medo dessas mães...começo a a pensar q a minha naum e tao ruim assim sabe...rs

    ResponderExcluir
  4. Muito bom, a Candy me lembrou mesmo a Britney ahauhauaa coitada, será que vai cortar as orelhas e raspar os pêlos? rs
    Esperando a continuação, acho que Alice vai acabar cumprindo sua promessa de reunir a POP5 XD
    Abraço!

    ResponderExcluir
  5. Terninhos rosa só me lembra a Umbridge X__X aushuashuash
    desculpe a demora, Hag. Mas não posso perder essa história e nem as proximas que você está produzindo e produzirá. Vou ler a proxima parte.

    ResponderExcluir