sábado, 1 de dezembro de 2012

Era uma Vez no Paraná...


Paraná é uma palavra tupi guarani que define um braço de
rio, largo e extenso, que forma uma ilha, e que encontra o
mesmo rio mais adiante.

paraná do tupi guarani: pará + nã = semelhante ao mar.

Este post está repleto de links para maior (ou não) diversão e entendimento.



Hoje é dia de desembrulhar aquele chiclete velho que tava no fundo da gaveta. Vou inaugurar aqui uma sessão que será um sucesso tão grande e mágico que logo a MTV irá produzir uma série estrelada por Marcelo Adnet... Poderá também se tornar mais esquecível que a carreira musical de Théo Becker (Vocês lembram? Nem eu!)

Bem é inegável que tudo isso está ligado a uma certa tendência egocêntrica, gosto de falar de mim, afinal sou o dono disso tudo aqui! O fato é que inúmeras vezes, com amigos de todos os círculos, quadrados e, agora, triângulos, vivo a narrar minhas loucas e animadas desventuras de quando era uma criança feia de pé vermelho e vivia no Paraná.

Então, como no antigo programa da Xuxa, joguei as cartinhas par ao alto e foi sorteada uma viagem pra Disney "Uoldi", mentira, foi sorteado um tema de inauguração e hoje falarei de Fabiana.

Fabiana tem a minha idade e foi uma das minhas melhores amigas de infância, ou seja, nutri por ela uma paixão platônica enlouquecedora. Éramos duas crianças estranhas com roupas cafonas. Eu era nanico, "zóiudo" e me vestia como um Chiquitito; ela era amarela, testuda e usava um vestido listrado preto e amarelo que eu abominava. Nunca namoramos.

Ela era a mais velha de dois irmãos, sua família também era evangélica e a proibia de brincar com meninos (RISOS), a ponto de uma vez seu pai aparecer em minha casa ordenando que minha avó colocasse um fim em nossa amizade. Minha avó, além de gargalhar na cara dele, também ordenou que "ele prendesse suas cabritas, uma vez que seu bode estava solto". O Bode era eu...

O mais divertido dessa parceria é que crescemos numa doutrina rígida de uma religião (onde eu era o único, em toda cidade, que tinha TV em casa. Isso era imperdoável... Mesmo que todos os "irmãozinhos" ocupassem meu sofá pra ver desenhos diariamente) éramos vistos como rebeldes. Todos os outros de nossa idade já tinham se batizado e, como eles costumam hipocritamente dizer, saído do mundo (Assim é chamado o território fora das regras evangélicas).

Anos antes do surgimento de Geisy Arruda, minha amiga já havia sido hostilizada, quando, num passeio religioso, apareceu usando um vestido que era um palmo acima do joelho, um escândalo para a sociedade. O dia em que surgiu trajando calça vermelha e cabelo escovado conseguiu ser mais apoteótico que o retorno de Paola Bracho em "A Usurpadora", merecia uma trilha sonora.

Mas... Aquelas crianças jogaram-se na Lagoa Azul, cresceram e cada um seguiu seu próprio caminho, no entanto, conscientemente sabemos que ainda vamos nos reencontrar e rir... Mesmo tendo certeza que o passado não volta e a magia não será a mesma... Como numa reprise de Maria do Bairro.




4 comentários:

  1. Copiou meus posts linkados!!! :P

    vc me contou essa história.. e só repito que as suas histórias do paraná me lembra a reação que aquele conto "Sonacirema" causa na gente quando lemos..

    bjo, amor

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  2. Hahahahahaha meu Deus! Eu tive uma infancia igualzinha! As crianças me consideravam uma transgressora pq usava calça e pintava as unhas! WOW!

    Pfvr, escreva um livro! O mundo precisa de Hag.

    Apenas

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  3. kkkkkkkkkk
    adorei.
    lembrei de tieta voltando pra santana do agreste...
    kkkkkkkk

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  4. Já merece um Nobel só por conseguir linkar Maria do Bairro e A Usurpadora em um enredo tão inovador e breve! hehe

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