domingo, 27 de janeiro de 2013

Sou eu? Não! É você? Não! Então quem é? É NÓS DO ASFALTO

ESTE POST FOI REFORMULADO POR MOTIVOS DE: VONTADE PRÓPRIA. DÊ O PLAY E ENTRE NESTA AVENTURA:



Primeiro Elenco de "O Menino Pinóquio e a Cidade Perdida"
A verdade é que a vida andava fedendo a merda! Até mesmo o teatro não estava mais fazendo sentido. Pessoas boçais sendo idiotamente odiosas e capitalistas, perda de tempo, dinheiro, suor e paciência. A magia estava se esgotando e nem mesmo nos maiores sites de busca eu conseguia encontrar um macete para fazer o poder voltar às minhas mãos. Eu já me sentia estampando minha própria lista de atores ruins...

Quando já estava me sentindo a Nina , naquele cemitério fedido, sendo enterrada por uma Carminha maligna e histérica, uma fada azul apareceu. A fada era um tanto quanto incomum, usava aparelho ortodôntico,dançava um balé desengonçado e suas palavras mágicas não faziam muito sentido. Aí, de repente eu não era mais uma pessoa, mas sim um boneco de madeira com uma peruca de gosto duvidoso e aquilo não era mais a vida real, mas sim uma peça de teatro... Talvez a peça da minha vida.

O que eu Pinóquio temos em comum? Bem, além do nariz extravagante e de amar usar sapatos vermelhos, também desejamos nos tornar “meninos de verdade” e não bonecos manipulados por terceiros, quartos e quintos...

Quando eu era adolescente e tive internet na minha casa pela primeira vez - uma conexão discada, horrorosa, em que eu tinha que esperar, como Cinderela, o relógio marcar meia noite para arrastar o computador para a sala e encaixar o fio do telefone – meu primeiro endereço de E-mail era “pinoquio@algumacoisaquenãolembro.com.br”, tudo isso resultado de um bullyng feito por um primo obeso.  Eu tinha vergonha do E-mail e jamais imaginaria que anos, muitos anos depois, eu estaria cantando e dançando numpalco ao lado de um grilo de smoking verde com lantejoulas.

Esse texto parece não ter nenhum sentido, mas de todo modo o que quero dizer é que há um bom tempo não me sentia tão feliz de estar cercado por pessoas incríveis que partilham a mesma paixão pelos palcos e 
que – mesmo tendo demorado alguns atos, cenas e apresentações – o sobrenome “Nós do Asfalto”já foi devidamente tatuado em alguma parte estranha do meu corpo. Esse não é só uma publicação sobre teatro, é sobre vida.

Nós do Asfalto – que não é uma variação de outro grupo de nome semelhante – surgiu na minha vida de maneira inesperada. Não foi um grilo que cantou, ma sim meu celular e um minuto depois eu já estava protagonizando um espetáculo teatral. Foram muitos os atores brilhantes que ajudaram a contar a história do “Menino Pinóquio e a Cidade Perdida”, muitos atores, muitos palcos e muitos sentimentos explodindo. Assim como toda família que se preze é óbvio que muitas vezes me vi querendo atirar alguém do alto da pedra do reino, aprisionar numa lâmpada mágica, ou simplesmente mandar caixas e mais caixas das mais brilhantes maças envenenadas, mas quem nunca, né? Toda história interessante precisa de grandes momentos de tensão e tesão...
Quando eu odiava minha vida e todas as noites procurava estrelas cadentes para implorar que todos os acontecimentos fossem parte de um Reality Show, apenas fruto da ideia diabólica de algum produtor de TV e que meuverdadeiro nome era Truman Burbank , a Cia de teatro me fez sorrir e aí me senti querido, tão querido que já não me aguento, pois nunca estou satisfeito!


Hoje em dia minha vida continua fedendo a merda... Só que no teatro... Isso é uma coisa boa.
Portanto: MERDA!

Matéria do Jornal "O Globo"
E o fim é belo, incerto...
Depende de como você vê...

Só enquanto eu respirar... Vou me lembrar de vocêS

CONTINUA...



7 comentários:

  1. adorei!
    vc escrevee mto bem, amor. sério ;)

    já disse isso, mas quero registrar aqui com o texto na íntegra.
    te amo

    ResponderExcluir
  2. Você sabe que sempre adoro seus textos, mas achei que você poderia explorar mais a história e comparação com Pinóquio, usar mais a metáfora da transformação para realçar a transformação que sua vida vem passando.
    Esperava uma coisa melhor, não por isso essa está ruim, está ótima, mas pela sua qualidade e imaginação sempre vou esperar algo melhor que o texto anterior, e esse, infelizmente, está pior.
    Não sei se a sua intenção era apenas desabafar ou contar uma história, se o objetivo foi o primeiro, perfeito, se foi o segundo, espero um novo texto.

    Ps.: Há alguns pequenos erros de "espaço" e uma ou outra vez que você comeu uma letra.

    ResponderExcluir
  3. Que lindo hag, você escreve muito bem!

    ResponderExcluir
  4. Oi, Hag!
    Que texto incrível! Adorei. Digno de ser publicado no jornal mesmo, parabéns! Sua paixão pelo teatro é tangível, quase posso ver daqui. Desejo muita merda a você, desejo que quebre a perna! Já fui dessa área e vou guardar meus tempos como atriz de teatro no coração, era bom demais!
    Com carinho,
    Celly.

    http://melivrandoblog.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  5. Ola ,Como vai?
    Bom eu aprovo a tag ,achei super legal o que você colocou nela ,eu acho que se você explorasse de mas coisas ,a tag ficaria mas lega, Bom esse é meu ponto de vista ,Abraço !

    http://garotinhaadolescentea.blogspot.com.br/2015/02/resenha-na-escuridao-dos-dias.html

    ResponderExcluir
  6. Minhas experiências com o teatro são a de plateia. A sensação de saber que cada apresentação em si é única, que acontece ali, na sua frente, transmite tanta realidade e verdade. É muito boa. E pelo seu texto eu vejo que é melhor ainda pro artista que apresenta, que nesse processo se encontra no seu personagem.e acaba conhecendo mais de si.
    Excelente o seu texto. Continue escrevendo com essa sua alma de artista.

    Andressa Lima

    ResponderExcluir
  7. Olá Diego!
    Que texto incrível ! Sabe quando você consegue visualizar e compreender as situações, as emoções e os sentimentos de um texto, foi exatamente o que aconteceu comigo. Adorei a maneira como você transmitiu seus pensamentos em palavras, parabéns mesmo!
    Abraços

    www.dezenoveprimaveras.com.br

    ResponderExcluir